quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SUS amplia cobertura de doenças cardiovasculares

Mais três medicamentos passam a ser custeados pelo governo. Objetivo é reduzir a mortalidade provocada por doenças do coração.
Letícia Macedo Do G1 SP
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Ministro da Saúde fez anúncio em São Paulo
(Foto: Letícia Macedo/ G1)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã desta terça-feira (13), em São Paulo, que prevê uma ampliação na cobertura de doenças cardiovasculares.

Com a decisão, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a cobrir três medicamentos que afinam o sangue para tratar tromboses: alterplase, tenecteplase e clopidogrel. Além disso, um exame para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio, que detecta uma enzima chamada troponina, também será coberto.

Os medicamentos alterplase e tenecteplase são considerados mais eficazes e reduzem sequelas e óbitos em decorrência de problemas cardíacos.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente o SUS custeia apenas o medicamento streptokinase, que retarda o tratamento por ser de difícil administração (via soro).
 
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Além da cobertura mais ampla do infarto agudo do miocárdio, o SUS passará a cobrir tratamentos para a síndrome coronariana aguda e angioplastia primária. O investimento total será de R$ 34,9 milhão ao ano. Com isso, o SUS passa a incorporar o protocolo de procedimentos para tratamento do infarto agudo do miocárdio, elaborado com ajuda do Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O governo também anunciou um financiamento específico para unidades coronarianas. Com a portaria, dez regiões metropolitanas receberão 40 unidades coronarianas, cada uma com dez leitos. A medida prevê que o valor da diária pela internação de pacientes com problemas cardíacos passará de R$ 400 para R$ 800. Nas outras regiões, haverá ainda um aumento no credenciamento de leitos para que se dobre o valor da diária.

Segundo Padilha, o Brasil conseguiu reduzir em 41% a mortalidade por doenças cardiovasculares de 2003 até 2009. “Nós precisamos avançar muito na redução da mortalidade das doenças cardiovasculares, sobretudo as doenças coronarianas. No Sistema Único de Saúde, a média de mortalidade ainda é de 15%, enquanto nos nossos melhores hospitais ou nos nossos centros de excelência a média varia entre 5% e 7%”, afirmou o ministro.