Mais três medicamentos passam a ser custeados pelo governo. Objetivo é reduzir a mortalidade provocada por doenças do coração.
Letícia
Macedo Do G1 SP
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Ministro
da Saúde fez anúncio em São Paulo
(Foto: Letícia Macedo/ G1)
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã desta terça-feira (13),
em São Paulo, que prevê uma ampliação na cobertura de doenças cardiovasculares.
Com a
decisão, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a cobrir três medicamentos que
afinam o sangue para tratar tromboses: alterplase, tenecteplase e clopidogrel.
Além disso, um exame para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio, que
detecta uma enzima chamada troponina, também será coberto.
Os medicamentos alterplase e tenecteplase são considerados mais eficazes e
reduzem sequelas e óbitos em decorrência de problemas cardíacos.
De acordo
com o Ministério da Saúde, atualmente o SUS custeia apenas o medicamento
streptokinase, que retarda o tratamento por ser de difícil administração (via
soro).
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Além da
cobertura mais ampla do infarto agudo do miocárdio, o SUS passará a cobrir
tratamentos para a síndrome coronariana aguda e angioplastia primária. O
investimento total será de R$ 34,9 milhão ao ano. Com isso, o SUS passa a
incorporar o protocolo de procedimentos para tratamento do infarto agudo do
miocárdio, elaborado com ajuda do Congresso da Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
O governo também anunciou um financiamento específico para unidades
coronarianas. Com a portaria, dez regiões metropolitanas receberão 40 unidades
coronarianas, cada uma com dez leitos. A medida prevê que o valor da diária
pela internação de pacientes com problemas cardíacos passará de R$ 400 para R$
800. Nas outras regiões, haverá ainda um aumento no credenciamento de leitos
para que se dobre o valor da diária.
Segundo Padilha, o Brasil conseguiu reduzir em 41% a mortalidade por doenças
cardiovasculares de 2003 até 2009. “Nós precisamos avançar muito na redução da
mortalidade das doenças cardiovasculares, sobretudo as doenças coronarianas. No
Sistema Único de Saúde, a média de mortalidade ainda é de 15%, enquanto nos
nossos melhores hospitais ou nos nossos centros de excelência a média varia
entre 5% e 7%”, afirmou o ministro.