A inflação percebida pelos idosos
subiu 1,33% no período de janeiro a março, abaixo da apurada no quarto
trimestre de 2011 (+1,67%). A variação do indicador foi inferior à inflação em
todas as faixas etárias, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor -
Brasil (IPC-BR), que foi de 1,66%, no mesmo período. É o que mostrou o Índice
de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), anunciado nesta sexta-feira
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede evolução de preços entre os
idosos. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 5,31%. O desempenho nesse período
também foi menor que a do IPC-BR (5,50%).
Entre as oito classes de despesa componentes
do índice, a principal contribuição para o decréscimo de 0,34 ponto porcentual
na margem partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 2,38% para 0,65%. Os
itens que mais influenciaram o comportamento desta classe de despesa foram:
carnes bovinas (9,69% para -5,80%), frutas (4,63% para 3,27%) e aves e ovos
(4,64% para -1,12%), respectivamente.
Contribuíram também para o
decréscimo da taxa do IPC-3i no primeiro trimestre de 2012, os grupos:
Vestuário (2,57% para 0,24%), Transportes (1,05% para 0,57%) e Saúde e
Cuidados Pessoais (1,45% para 1,40%). Para cada uma destas classes de despesa,
vale citar o comportamento dos itens: roupas (3,07% para -0,10%), tarifa de
táxi (7,95% para -4,86%) e medicamentos em geral (0,74% para 0,45%).
Em contrapartida, apresentaram
alta em sua taxa de variação os grupos:
Habitação (1,22% para 2,15%),
Educação,
Leitura e Recreação (2,43% para 3,48%) e
Despesas Diversas (0,74% para 0,80%).
Nestas classes de despesa
contribuíram para estes movimentos os itens:
empregada doméstica mensalista
(0,30% para 6,99%),
cursos formais (0,00% para 7,98%) e
alimento para animais
domésticos (0,28% para 1,92%).
A classe de despesa Comunicação,
que passa a fazer parte da estrutura do IPC-3i a partir deste trimestre,
registrou recuo de -0,43%. A principal influência para a composição da taxa do
grupo partiu do item tarifa de telefone móvel, cuja taxa passou de 2,55% para
0,32%.
Agência Estado.