quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Varejistas não estão preparados para atender idosos, diz pesquisa

28 de setembro de 2011 • 08h29Por: Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – O aumento da expectativa de vida da população tem mudado o perfil do público consumidor, especialmente das pessoas com mais de 60 anos. Contudo, ainda são muitas as empresas que não estão cientes disso. De acordo com um estudo da consultoria internacional A. T. Kearney, por exemplo, os varejistas de todo o mundo não estão preparados para atender os idosos. 

O levantamento, que analisou a opinião de cerca de 2.500 mil pessoas em 23 países do mundo, constatou que, entre as principais reclamações dos entrevistados, está a dificuldade deles para circular nas grandes lojas ou para alcançar os produtos nas prateleiras - estas consideradas altas ou baixas demais. 

A maioria também se queixou das embalagens dos produtos: entre os entrevistados, mais da metade alegou ter alguma dificuldade para ler os rótulos e os preços. 

Atendimento inadequado
As queixas dos avaliados também mostram a insatisfação com o atendimento prestado pelos lojistas. “De acordo com a maioria, não apenas falta pessoal nas empresas, mas também um treinamento adequado para os profissionais que atuam no setor”, diz o estudo. 

A localização dos estabelecimentos comerciais também não ficou de fora na pesquisa: ao que consta, quanto mais próximo o estabelecimento estiver da residência, melhor. Por tal razão, fica mais fácil entender a preferência dos idosos por lojas menores e mais próximas. 

Promoções
E não pense que o preço é um problema. Afinal, apesar de comprarem menos itens, os mais velhos tendem a pagar mais por eles, importando-se pouco ou muito pouco com as promoções. 

Para se ter uma ideia, na análise de tal quesito, 43% informaram apenas aderir às promoções se a qualidade dos itens anunciados for compatível com a dos produtos adquiridos habitualmente. Já 34% afirmaram comprar itens de promoções sem mais restrições, enquanto que 22% alegaram não ser influenciados pelas campanhas de marketing. 

E não pense você que quantidade atrai esse consumidor. "No meu caso, as promoções não são tão interessantes. A quantidade de produtos é grande e, além do peso de trazê-los para casa, podem estragar muito rápido", informa uma brasileira consultada pela pesquisa. 

O estudo
O levantamento considerou a opinião de pessoas com idades entre 60 e 80 anos das mais diversas faixas de renda e residentes de grandes cidades, vilas e áreas rurais. 

Dos entrevistados avaliados, 30% encontravam-se na Zona do Euro, 22% nos países que integram o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), 14% em outros mercados emergentes e 12% nos Estados Unidos. De acordo com o estudo, tais países representam 60% da população global. 

As entrevistas foram realizadas considerando um questionário padrão, com opções de múltipla escolha.