Fonte: Ribeirão Preto Online
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
aponta que 32 idosos são internados por dia no Estado devido a fratura
de fêmur. Somente em 2011, foram realizadas 11.631 internações, das
quais 7.973 (68,5%) foram de mulheres.
Segundo Anderson Della Torre, geriatra e coordenador médico do
Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), o pico de massa
óssea dos seres humanos ocorre por volta dos 25 anos. A partir daí,
inicia-se uma perda de massa contínua e progressiva.
“Para as mulheres, essa perda se intensifica durante a menopausa, o que
pode explicar o maior número de fraturas no sexo feminino”, explica
Torre.
Comparado com o ano de 2001, quando foram notificadas 6.830
internações, em dez anos houve um aumento superior a 70% no número de
idosos que sofreram fraturas de fêmur. Já em relação ao número de
óbitos, o aumento registrado em dez anos foi de 86%, passando de 331 em
2001 para 617 mortes em 2011.
Perda de massa óssea
Além da perda natural de massa óssea, alguns fatores de risco como má
alimentação, sedentarismo e automedicação contribuem para o
enfraquecimento dos ossos. Com isso, há aumento na probabilidade das
quedas, que são as principais causas das fraturas ósseas dos idosos.
“Com o aumento da expectativa de vida há uma perda maior de massa dos
ossos longos. A fratura de fêmur, maior osso do corpo, é a mais grave,
pois pode gerar imobilidade e, por isso, na maioria das vezes, é
necessária uma intervenção cirúrgica”, diz Torre.
Além de manter uma alimentação saudável e praticar exercícios
regularmente para fortalecer os músculos e os ossos; o consumo de cálcio
é fundamental. De acordo com o geriatra, a quantidade de cálcio
elementar que deve ser ingerida varia de acordo com a faixa etária.
Porém, em média, a quantidade diária indicada para crianças é de 800mg a
1.300 mg, para adultos de 1.000 mg a 1.200 mg e para os idosos é cerca
de 1.200 mg. “Além do consumo de alimentos ricos em cálcio, como o
leite, por exemplo, tomar sol é fundamental para a produção da vitamina
D, componente essencial para fixar o cálcio nos ossos”, diz Torre.