Edifício Cineasta começa a ser reformado para abrigar artistas da terceira idade

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Daia Oliver/R7

Em novembro do ano passado, edifício Cineasta chegou a ser ocupado por integrantes de movimentos de moradia em São PAs obras no interior do antigo Hotel Cineasta, imóvel no cruzamento das avenidas São Luiz e Ipiranga, no centro, começaram nesta segunda-feira (2). Os antigos quartos de hóspedes serão transformadas em habitação de interesse social. E os moradores já foram escolhidos: serão artistas idosos em 50 novos apartamentos.

Esta é a primeira reforma do Programa Renova Centro, projeto da Prefeitura de São Paulo para transformar imóveis abandonados na região central em moradia para famílias com renda de até dez salários mínimos (R$ 6.222). No caso do Cineasta, que já foi habitação da elite paulistana no século 19 e hotel, serão oferecidos 20 conjugados e outros 30 apartamentos de um quarto.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o Renova Centro já conseguiu viabilizar dez imóveis, sendo que oito já foram desapropriados. Além do Cineasta, outros dois prédios estão em fase de contratação de obras: os futuros edifícios Santo André (na avenida Celso Garcia) e Sande II (Rua Asdrúbal do Nascimento).

Solteiros e casais sem filhos formam o público que é a aposta da Prefeitura de São Paulo para reocupar o centro da capital, rico em infraestrutura e carente de moradores. Isso porque apartamentos de um quarto e conjugados correspondem à maior parte (95%) das habitações oferecidas pela administração municipal após a reforma de edifícios ociosos, de acordo com o projeto da Cohab (Companhia de Habitação).

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A ideia inicial da Cohab era de que, depois de prontos, os imóveis fossem rebatizados com nomes de personalidades da Semana de Arte Moderna. O Edifício Asdrúbal Nascimento, por exemplo, seria chamado de Mário de Andrade. Os edifícios estariam integrados a um roteiro turístico de ônibus ou bicicleta. A ideia, no entanto, não foi pra frente.

Reformar é mais barato

Lançado em fevereiro de 2010, o Renova Centro foi elaborado a partir de um estudo encomendado um ano antes à Fupam (Fundação para a Pesquisa Ambiental), ligada à Universidade de São Paulo (USP). A entidade identificou 50 prédios vazios na região central viáveis para serem transformados em moradia destinadas às famílias com até dez salários mínimos.