O contato com bichos como cães, peixes, tartarugas, pássaros e até caramujos vem proporcionando um aumento da afetividade, do ânimo e da socialização dessas pessoas, como mostra o projeto implantado pela professora Maria de Fátima Martins, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo).
O projeto já existe há quatro anos e tem repercutido positivamente na saúde dos idosos. A cada 15 dias, um grupo de cinco ou seis alunos de graduação e pós-graduação, tanto da USP como de outras instituições de ensino, realiza uma visita aos idosos internados no asilo São Vicente de Paula, em Pirassununga, interior de São Paulo, levando os animais para interagirem com as pessoas. A instituição acolhe cerca de 31 idosos, entre homens e mulheres.
Segundo a professora, se antes os idosos se mostravam fechados, sem se comunicarem entre si, e entediados com a rotina do asilo, agora a realidade é outra.
- Eles acabam conversando mais uns com os outros, compartilham experiências de vida, relembram os animais de estimação que tiveram e conseguem sair da rotina.
Entre os animais que participam das sessões estão cães como labrador, golden retriever, basset e até vira-latas. Há também canários e calopsitas.
- O importante é que o animal tenha passado por um processo educativo para estar apto a ser levado ao asilo e que esteja adequado sob o ponto de vista sanitário.
Outro benefício da terapia é que os idosos também se transformam em cuidadores: os pesquisadores instalaram um aquário na instituição para que eles tomassem conta dos peixes.