Pacientes cardiopatas que seguem uma religião têm menos risco de sofrer de hipertensão e depressão. Taxa de mortalidade entre eles também é menor
POR CLARISSA MELLO
Rio - ‘Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia’, escreveu Willian Shakespeare no fim do século XVI. A medicina atual está começando a utilizar essa premissa em prol de pacientes. Estudos divulgados no 31º Congresso da Sociedade de Cardiologia de São Paulo revelaram que ter algum tipo de espiritualidade é benéfico para a saúde. Pacientes cardiopatas que seguem uma religião têm menos risco de sofrer de hipertensão, depressão e problemas no pós-operatório. A taxa de mortalidade por problemas cardiovasculares também é mais baixa.
Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa da Associação Médico-Espírita de São Paulo, Giancarlo Lucchetti, a relação entre religiosidade e medicina ainda não é totalmente compreendida.
“Não sabemos como a crença influencia o corpo. Mas já temos conhecimento de que quem tem fé e leva a religião como um suporte tem menores níveis de cortisol, hormônio do estresse. E também tem menores níveis de adrenalina e noradrenalina, substâncias que elevam a pressão arterial”, explica o médico.
Uma das pesquisas, da Universidade de Duke, EUA, avaliou cerca de 4 mil idosos. Os que frequentavam igrejas, rezavam ou estudavam a espiritualidade, tinham risco 40% menor de hipertensão. Já um estudo envolvendo 156 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas apontou que pessoas com pensamentos negativos, de abandono ou punição, tiveram dificuldade no pós-operatório e no tratamento. “O pensamento tem muita influência nas doenças. Muitos estudos já provaram que pessoas otimistas têm melhores desfechos clínicos”, reitera Lucchetti.
O teólogo Leonardo Boff acredita que quem confia a vida a um ser superior cria energias internas que ajudam a potencializar o desejo de viver. Mas isso não significa deixar de lado a medicina convencional.
"A religião deve cuidar do corpo e da alma assim como médico também deve abordar a espiritualidade. Devem trabalhar juntos e reforçar a esperança para quem sofre. Toda religião verdadeira e profunda libera energias que curam”, diz.
Para o professor de Teologia do Instituto Metodista Bennet, Marcelo Carneiro, é importante que os médicos recomendem cuidados com a alma. “Existe esse movimento da medicina de orientar o paciente a buscar espiritualidade. A fé fortalece a determinação e ajuda a superar adversidades. Isso é fundamental no tratamento”, conclui.
Deus está vivo no cérebro humano
Segundo Leonardo Boff, a neurolinguística identificou no cérebro humano o chamado “Ponto Deus”. Ele explica que sempre que as pessoas abordam temas voltados para a espiritualidade, a intensidade da vibração dos neurônios no cérebro aumenta até quatro vezes.
"Significa que os neurônios captam a presença de Deus”, afirma. “Isso mostra que espiritualidade independe de crenças ou religião. Quem gerencia a espiritualidade na vida consegue ter mais saúde”, conclui.
Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa da Associação Médico-Espírita de São Paulo, Giancarlo Lucchetti, a relação entre religiosidade e medicina ainda não é totalmente compreendida.
“Não sabemos como a crença influencia o corpo. Mas já temos conhecimento de que quem tem fé e leva a religião como um suporte tem menores níveis de cortisol, hormônio do estresse. E também tem menores níveis de adrenalina e noradrenalina, substâncias que elevam a pressão arterial”, explica o médico.
Uma das pesquisas, da Universidade de Duke, EUA, avaliou cerca de 4 mil idosos. Os que frequentavam igrejas, rezavam ou estudavam a espiritualidade, tinham risco 40% menor de hipertensão. Já um estudo envolvendo 156 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas apontou que pessoas com pensamentos negativos, de abandono ou punição, tiveram dificuldade no pós-operatório e no tratamento. “O pensamento tem muita influência nas doenças. Muitos estudos já provaram que pessoas otimistas têm melhores desfechos clínicos”, reitera Lucchetti.
O teólogo Leonardo Boff acredita que quem confia a vida a um ser superior cria energias internas que ajudam a potencializar o desejo de viver. Mas isso não significa deixar de lado a medicina convencional.
"A religião deve cuidar do corpo e da alma assim como médico também deve abordar a espiritualidade. Devem trabalhar juntos e reforçar a esperança para quem sofre. Toda religião verdadeira e profunda libera energias que curam”, diz.
Para o professor de Teologia do Instituto Metodista Bennet, Marcelo Carneiro, é importante que os médicos recomendem cuidados com a alma. “Existe esse movimento da medicina de orientar o paciente a buscar espiritualidade. A fé fortalece a determinação e ajuda a superar adversidades. Isso é fundamental no tratamento”, conclui.
Deus está vivo no cérebro humano
Segundo Leonardo Boff, a neurolinguística identificou no cérebro humano o chamado “Ponto Deus”. Ele explica que sempre que as pessoas abordam temas voltados para a espiritualidade, a intensidade da vibração dos neurônios no cérebro aumenta até quatro vezes.
"Significa que os neurônios captam a presença de Deus”, afirma. “Isso mostra que espiritualidade independe de crenças ou religião. Quem gerencia a espiritualidade na vida consegue ter mais saúde”, conclui.