Por Redação, com Agência USP - de São Paulo
Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostrou que metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos perdeu ao menos 12 dentes e que cerca de 80% dos idosos no País têm menos de 20 dentes. Segundo o estudo, aproximadamente 35% dos idosos que precisam de dentadura não tem acesso a ela.
Os maiores risco de perda dentária estão no interior do Mato Grosso, e regiões Norte e NordesteA pesqusa analisou dados do levantamento mais recente sobre o assunto, o Projeto Saúde Bucal Brasil 2003, publicado pelo Ministério da Saúde em 2004.
O levantamento foi feito em 250 municípios de todos os estados e abrangeu 13.471 adultos entre 35 e 44 anos e 5.349 idosos entre 65 e 74 anos. Com as informações, a tese indicou quais fatores tinham relação com a perda dentária em adultos, com a falta de dentaduras e a presença de menos de 20 dentes na boca (edentulismo funcional) em idosos.
– Quem tem menos de 20 dentes não consegue mastigar ou falar de forma eficiente –, explica o dentista Rafael da Silveira Moreira, autor da tese.
– E a estética fica comprometida.
A pesquisa aponta que a média de perda dentária e edentulismo funcional foram maiores entre os habitantes de cidades pequenas, Estados onde são extraídos mais dentes por habitante e regiões com menor número de dentistas por habitante.
A pesquisa mostrou que têm maior associação com a perda dentária alguns grupos que procuram mais os serviços odontológicos . Entre eles, mulheres e aqueles que foram ao dentista ao menos uma vez na vida.
Segundo Silveira, isso acontece por que muitas vezes as pessoas procuram serviços de saúde que não conseguem oferecer alternativas à extração – como tratamento de canal.
Quando têm pelo menos um carro, membros desses grupos correm menor risco. “A condição social da pessoa determina se ir ao dentista pode ser uma situação de risco ou proteção para a perda dentária”, diz Silveira.
Também tinham maiores chances de perda dentária pessoas com menos anos de estudo e quem não recebeu informações sobre como prevenir doenças bucais. Outros fatores de risco eram demorar mais de três anos para ir ao dentista ou só ir em situações de emergência.
O estudo mostrou que há mais idosos precisando de dentadura e sem acesso a ela nas cidades com menos de 100 mil habitantes, microrregiões em que muitas pessoas só vão ao dentista em situação de emergência e nos estados onde os adultos têm menor escolaridade.
Idosos do Norte, GO, MG e MA e todo Nordeste têm maior risco de precisar de dentadura sem ter Idosos que nunca foram ao dentista têm o dobro de chance de precisar de dentadura e não ter.
Também tem mais chance os homens, não-brancos, maiores de 69 anos e que moram em casas com maior número de pessoas por cômodo. Idosos que moram em áreas urbanas tiveram menor risco, mas quando a última consulta odontológica foi realizada no serviço público, o risco foi maior.
– A pesquisa ajuda a orientar políticas de saúde pública –, explica o professor da FSP Júlio César Pereira, orientador de Silveira.
Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostrou que metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos perdeu ao menos 12 dentes e que cerca de 80% dos idosos no País têm menos de 20 dentes. Segundo o estudo, aproximadamente 35% dos idosos que precisam de dentadura não tem acesso a ela.
Os maiores risco de perda dentária estão no interior do Mato Grosso, e regiões Norte e NordesteA pesqusa analisou dados do levantamento mais recente sobre o assunto, o Projeto Saúde Bucal Brasil 2003, publicado pelo Ministério da Saúde em 2004.
O levantamento foi feito em 250 municípios de todos os estados e abrangeu 13.471 adultos entre 35 e 44 anos e 5.349 idosos entre 65 e 74 anos. Com as informações, a tese indicou quais fatores tinham relação com a perda dentária em adultos, com a falta de dentaduras e a presença de menos de 20 dentes na boca (edentulismo funcional) em idosos.
– Quem tem menos de 20 dentes não consegue mastigar ou falar de forma eficiente –, explica o dentista Rafael da Silveira Moreira, autor da tese.
– E a estética fica comprometida.
A pesquisa aponta que a média de perda dentária e edentulismo funcional foram maiores entre os habitantes de cidades pequenas, Estados onde são extraídos mais dentes por habitante e regiões com menor número de dentistas por habitante.
A pesquisa mostrou que têm maior associação com a perda dentária alguns grupos que procuram mais os serviços odontológicos . Entre eles, mulheres e aqueles que foram ao dentista ao menos uma vez na vida.
Segundo Silveira, isso acontece por que muitas vezes as pessoas procuram serviços de saúde que não conseguem oferecer alternativas à extração – como tratamento de canal.
Quando têm pelo menos um carro, membros desses grupos correm menor risco. “A condição social da pessoa determina se ir ao dentista pode ser uma situação de risco ou proteção para a perda dentária”, diz Silveira.
Também tinham maiores chances de perda dentária pessoas com menos anos de estudo e quem não recebeu informações sobre como prevenir doenças bucais. Outros fatores de risco eram demorar mais de três anos para ir ao dentista ou só ir em situações de emergência.
O estudo mostrou que há mais idosos precisando de dentadura e sem acesso a ela nas cidades com menos de 100 mil habitantes, microrregiões em que muitas pessoas só vão ao dentista em situação de emergência e nos estados onde os adultos têm menor escolaridade.
Idosos do Norte, GO, MG e MA e todo Nordeste têm maior risco de precisar de dentadura sem ter Idosos que nunca foram ao dentista têm o dobro de chance de precisar de dentadura e não ter.
Também tem mais chance os homens, não-brancos, maiores de 69 anos e que moram em casas com maior número de pessoas por cômodo. Idosos que moram em áreas urbanas tiveram menor risco, mas quando a última consulta odontológica foi realizada no serviço público, o risco foi maior.
– A pesquisa ajuda a orientar políticas de saúde pública –, explica o professor da FSP Júlio César Pereira, orientador de Silveira.